Uma cozinha planejada é o sonho de quem busca funcionalidade e estética no mesmo espaço. No entanto, quando há rede de gás envolvida, o planejamento precisa ir além do design. Antes de definir o posicionamento dos móveis e eletrodomésticos, é indispensável que o projeto de gás seja desenvolvido e aprovado por um profissional habilitado.

O motivo é simples: a marcenaria e os pontos de gás devem conversar entre si. Um erro na ordem de execução pode gerar retrabalhos, vazamentos ou até inviabilizar o uso seguro dos equipamentos. Este artigo explica o que considerar no projeto de gás antes de iniciar a montagem da cozinha planejada, como garantir conformidade com as normas técnicas e por que o acompanhamento profissional faz toda a diferença.

A importância do projeto de gás no início do planejamento

Em cozinhas planejadas, o espaço costuma ser milimetricamente calculado. Por isso, o projeto de gás precisa ser um dos primeiros passos do planejamento, antes mesmo de definir medidas e cortes de marcenaria.

O traçado da tubulação, o posicionamento dos registros e a ventilação obrigatória influenciam diretamente na disposição de armários, bancadas e eletrodomésticos. Quando o projeto de gás é deixado para depois, muitas vezes é necessário refazer móveis ou quebrar paredes, gerando custos extras e atrasos.

Além disso, o projeto técnico garante que os pontos de consumo recebam gás na pressão correta e dentro dos padrões da NBR 15526, que regula as instalações internas de gás combustível.

Localização dos pontos de consumo

Cada equipamento a gás — seja um fogão, cooktop, forno embutido ou aquecedor — precisa de um ponto de consumo estrategicamente posicionado. A altura, o diâmetro da tubulação e o tipo de conexão variam conforme o modelo do aparelho e a norma técnica aplicável.

Por exemplo, cooktops embutidos requerem espaço livre sob a bancada para ventilação e inspeção do registro. Já os fornos a gás precisam de compartimentos com ventilação permanente e acesso fácil ao ponto de gás.

Antecipar esses detalhes evita improvisos que comprometam a segurança e o desempenho dos equipamentos.

Integração entre marcenaria e instalação de gás

O maior desafio nas cozinhas planejadas é fazer com que o projeto de gás se integre perfeitamente à marcenaria. Móveis fechados e compartimentos vedados não podem obstruir dutos de ventilação nem dificultar o acesso aos registros.

Por isso, é importante que o marceneiro trabalhe com base em um layout técnico que indique o trajeto da tubulação e as aberturas obrigatórias. Armários que abrigam cooktops ou fornos devem possuir grelhas de ventilação e espaço livre para dissipar calor.

Quando o mobiliário é fabricado antes da definição dos pontos de gás, corre-se o risco de bloquear passagens, exigir cortes emergenciais ou comprometer o acabamento.

Ventilação e exaustão: o que dizem as normas

A NBR 13103 e a NBR 15526 estabelecem exigências específicas para ambientes com aparelhos a gás. Entre elas, estão a necessidade de ventilação permanente e a instalação adequada de dutos de exaustão.

Isso significa que armários altos, coifas ou prateleiras não podem bloquear as saídas de ar. A ventilação deve permitir a entrada e saída de ar suficiente para evitar o acúmulo de gás em caso de vazamento.

Além disso, a exaustão dos gases de combustão deve ser direcionada para áreas externas, nunca para dutos de ar condicionado ou forros falsos. O dimensionamento incorreto desses sistemas é uma das principais causas de problemas em cozinhas planejadas.

Distanciamento entre equipamentos e conexões

Outro ponto que precisa ser considerado no projeto é o distanciamento mínimo entre o ponto de gás e outros elementos da cozinha. Tubulações não devem estar próximas de tomadas, interruptores, cabos elétricos ou fontes de calor intenso.

De acordo com as normas, há distâncias mínimas obrigatórias entre o ponto de gás e superfícies inflamáveis. Essa precaução evita superaquecimento e reduz o risco de incêndios.

Durante a execução da marcenaria, é importante que os recortes e passagens de dutos respeitem essas margens de segurança e não pressionem as conexões ou válvulas.

Materiais e conexões adequadas

O uso de materiais certificados é requisito indispensável em qualquer instalação de gás. Tubos metálicos, conexões e registros devem possuir selo de conformidade do Inmetro e atender às especificações da NBR 15526.

Mangueiras flexíveis, quando permitidas, precisam ser de aço inoxidável e compatíveis com o tipo de gás utilizado — GLP ou GN. Conexões inadequadas, de baixa qualidade ou instaladas de forma improvisada representam um risco grave e podem comprometer todo o projeto.

O ideal é que a BigTek ou uma empresa especializada execute a instalação utilizando componentes homologados e sob supervisão técnica.

Testes e inspeção antes da finalização da marcenaria

Antes de fechar os móveis e concluir a montagem da cozinha, é necessário realizar o teste de estanqueidade. Esse ensaio verifica se há vazamentos e garante que a instalação está segura e em conformidade com as normas.

Somente após a aprovação técnica é que o fechamento dos armários pode ser feito. Ignorar essa etapa pode mascarar problemas que, mais tarde, exigiriam desmontagem completa da marcenaria.

A inspeção também avalia se os registros estão acessíveis e se a ventilação permanente foi respeitada. Esses itens são auditáveis e podem ser exigidos em vistorias de seguradoras e condomínios.

O papel do profissional habilitado

Projetos de gás em cozinhas planejadas devem sempre ser conduzidos por um profissional habilitado, como engenheiro mecânico ou técnico credenciado. Ele é responsável por dimensionar a rede, especificar materiais, acompanhar a execução e emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Além disso, o profissional garante que o projeto atenda às normas da ABNT, aos regulamentos da concessionária local e às condições específicas do imóvel.

A presença de um responsável técnico também assegura que eventuais futuras modificações, como a troca de equipamentos, possam ser feitas com base em documentação confiável.

Principais erros a evitar

  1. Definir o projeto de marcenaria antes do projeto de gás.
  2. Instalar móveis que bloqueiam ventilação ou dificultam acesso a registros.
  3. Utilizar mangueiras inadequadas ou fora da validade.
  4. Não realizar o teste de estanqueidade antes da finalização.
  5. Deixar o ponto de gás muito próximo de tomadas ou superfícies inflamáveis.
  6. Não prever espaço para inspeção e manutenção.
  7. Executar o serviço sem acompanhamento técnico.


Esses erros são comuns, mas totalmente evitáveis quando o planejamento é feito de forma integrada entre o designer, o marceneiro e o profissional de gás.

Conclusão

O sucesso de uma cozinha planejada não depende apenas do design, mas da segurança e eficiência do sistema de gás que a alimenta. Cada decisão — desde o posicionamento dos pontos até o fechamento da marcenaria — deve ser guiada por critérios técnicos e pelo cumprimento das normas brasileiras.

Com a BigTek, você garante um projeto de gás seguro, eficiente e alinhado à estética da sua cozinha. Nossa equipe técnica atua em todas as etapas, desde o planejamento até a inspeção final, assegurando tranquilidade e conformidade.

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